Lição 12 - Do Julgamento à Ressurreição | Dinâmicas, Slides e Subsídios para EBD
- Ev. Alan Lima
- há 24 horas
- 17 min de leitura
O conteúdo desta página é baseado na Revista Lições Bíblicas (Publicação Trimestral da CPAD – Casa Publicadora das Assembleias de Deus) – 2º Trimestre de 2025 – Adultos – E o Verbo se Fez Carne: Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor – Comentarista Pr. Elienai Cabral. Este material contém trechos principais extraídos da Revista da CPAD (texto em letras maiores e cor preta), além de citações de diversos outros autores devidamente citados. Todas as citações são acompanhadas dos nomes dos seus autores. Ao final deste página contém uma lista de referências bibliográficas utilizada para a composição deste, onde constam os títulos dos livros, publicações e demais obras literárias.
Texto Áureo
“E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.” (Jo 19.30)
Verdade Prática
Na cruz, Jesus triunfou sobre o pecado; na Ressurreição, conquistou a vitória sobre a Morte.
Leitura Bíblica em Classe
João 19.17,18, 28-30; 20.6-10
João 19
17 - E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, que em hebraico se chama Gólgota,
18 - onde o crucificaram, e, com ele, outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.
28 - Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.
29 - Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja e, pondo-a num hissopo, lha chegaram à boca.
30 - E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
João 20
6 - Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis
7 - e que o lençol que tinha estado sobre a sua cabeça não estava com os lençóis, mas enrolado, num lugar à parte.
8 - Então, entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.
9 - Porque ainda não sabiam a Escritura, que diz que era necessário que ressuscitasse dos mortos.
10 - Tornaram, pois, os discípulos para casa.
Aula Completa com Dinâmicas e Slides
Objetivos
I) Descrever o contexto da prisão e condenação de Jesus;
II) Explicar o significado teológico da crucificação, morte e sepultamento de Jesus;
III) Incentivar os alunos a celebrarem a ressurreição de Cristo como uma vitória sobre o pecado e a morte.
Introdução
Iremos abordar a prisão, a condenação, a crucificação, a morte, o sepultamento e a ressurreição de Jesus.
Demonstram o cumprimento da missão [de Jesus].
A obra de Cristo no Calvário e a sua Ressurreição constituem a base da esperança cristã.
“A lição desta semana destaca a consumação da obra de Cristo neste mundo. Dois momentos cruciais que culminam a missão de Cristo são Sua morte na cruz e, posteriormente, Sua ressurreição. Sem este último evento a esperança da salvação seria anulada, haja vista ser necessário Cristo vencer as amarras da morte (At 2.24).” Revista Ensinador Cristão
“O serviço de um sacerdote é o de ensinar, orar e fazer ou ministrar o sacrifício. Cristo depois de ensinar (caps. 13 a 16) e orar (cap. 17), passa para fazer Seu grande sacrifício.” Orlando Boyer
I – A PRISÃO E A CONDENAÇÃO DE JESUS
1. A prisão.
Jesus atravessou o ribeiro de Cedrom e fez uma paragem no Jardim do Getsêmani (ou Monte das Oliveiras).
Soldados romanos e da guarda do sumo sacerdote foram guiados por Judas Iscariotes até onde Jesus e seus discípulos [estavam].
[Judas concordou] com a traição em troca de 30 moedas de prata.
'[...] Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes e disse: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata.' Mt 26:14-15
[Prenderam Jesus e conduziram-no] até Anás [e depois a Caifás], o sumo sacerdote, para ser interrogado.
'e conduziram-no primeiramente a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano. [...] Anás mandou-o, manietado, ao sumo sacerdote Caifás. ' João 18:13,24
Depois de ter sido agredido, [Jesus] foi levado perante o governador Pilatos.
“Jesus foi levado, imediatamente, à residência do sumo sacerdote, embora isso estivesse acontecendo no meio da noite. Os líderes religiosos tinham pressa - eles queriam concluir a execução antes do sábado, para poder prosseguir com a celebração da Páscoa.” Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
“Durante a noite, Jesus passou por um julgamento preliminar, diante de Anás, antes de ser apresentado diante de Caifás e todo o supremo conselho (Mc 14.53-65). Os líderes religiosos sabiam que não tinham razões para acusar Jesus, por isso tentavam forjar evidências contra Ele, usando falsas testemunhas (Mc 14.55-59).” Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
2. O interrogatório.
[Pilatos preferia] que fossem os próprios judeus a julgar Jesus conforme as leis judaicas.
'Depois, levaram Jesus da casa de Caifás para a audiência. E era pela manhã cedo. E não entraram na audiência, para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa. [...] Disse-lhes, pois, Pilatos: Levai-o vós e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe, então, os judeus: A nós não nos é lícito matar pessoa alguma. ' João 18:28,31
Pilatos cedeu à hostilidade deles.
[Escolheram libertar Barrabás que] era um criminoso notório em vez de desistirem da crucificação de Jesus.
'[...] voltou até os judeus e disse-lhes: Não acho nele crime algum. Mas vós tendes por costume que eu vos solte alguém por ocasião da Páscoa. Quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus? Então, todos voltaram a gritar, dizendo: Este não, mas Barrabás! E Barrabás era um salteador.' João 18:38-40
O ódio era tão intenso que eles não conseguiam ver nada que pudesse impedir a condenação de Jesus.
“Pilatos não encontrou motivo para acusar Jesus, porque, de fato, Ele não era culpado de nenhum pecado ou crime.” Elienai Cabral
“Durante todo o julgamento vemos que Jesus estava no controle, e não Pilatos, nem os líderes religiosos. Pilatos vacilou, os líderes religiosos reagiram com ódio e ira, mas Jesus permaneceu sereno. Ele conhecia a verdade, conhecia o plano de Deus, e conhecia a razão para seu julgamento. Apesar da pressão e da perseguição, Jesus não se alterou. Na realidade, eram Pilatos e os líderes religiosos que estavam sendo julgados, e não Jesus. Quando você for questionado ou ridicularizado por causa de sua fé, lembre-se de que, embora possa estar sendo julgado diante de seus acusadores, eles estão sendo julgados diante de Deus” Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
3. A condenação.
Pilatos mandou que Jesus fosse açoitado.
Os soldados colocaram uma “coroa de espinhos”, provocando-lhe ferimentos e fazendo o sangue escorrer pelo seu rosto.
Essa era uma maneira de escarnecer da sua suposta realeza.
Era [utilizado] um chicote com tiras de couro afiadas, que tinham pedaços de ossos ou pedras cortantes na ponta.
Jesus foi ferido e teve a sua carne dilacerada pelos golpes.
'Pilatos, pois, tomou, então, a Jesus e o açoitou. E os soldados, tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram sobre a cabeça e lhe vestiram uma veste de púrpura. E diziam: Salve, rei dos judeus! E davam-lhe bofetadas. ' João 19:1-3
[Jesus] foi castigado pelas nossas transgressões e iniquidades.
'Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados. ' Isaías 53:4-5
“Os soldados, para zombarem dEle como Rei dos judeus, teceram uma coroa de espinhos pontiagudos e longos feita com algum galho seco cheio de espinhos compridos tirados de uma árvore chamada vhümnus spinu que existe na Sina, no Líbano e algumas outras partes da Arábia. Os romanos a teciam para torturar seus condenados e tiveram a ideia de fazer o mesmo com Cristo. Os romanos fincaram a coroa em Jesus e isso provocou lesões terríveis que encheram a sua cabeça de sangue.” Elienai Cabral
“Os judeus davam quarenta açoites, menos um, 2 Co 11.24; Dt 25.3. Jesus, porém, foi açoitado pelos romanos, os quais tinham o costume de açoitar o réu até cansarem. A vítima, em pé e as mãos atadas num pau baixo, recebiam os açoites nas costas nuas. Para aumentar ainda mais o sofrimento, as tiras de couro, do açoite eram, geralmente, chumbadas. O sentenciado, muitas vezes, não suportava esse castigo, morrendo antes de chegar à cruz. Vê-se em tudo isso o pecado extremamente perverso de Pilatos. Reconhecia a inocência de Jesus, contudo O entregou a um castigo tão desumano, pois queria agradar os judeus.” Espada Cortante
“Pilatos apresentou, à multidão, o Filho de Deus, coberto de sangue, da coroa de espinhos e do ser açoitado. Esperava comover o coração do povo a desejar que fosse libertado. Pasmaram muitos à vista dele, pois o seu parecer estava tão de figurado, mais do que o de outro qualquer, e a suafigura mais do que a dos outros filhos dos homens, Is 52.14. Contudo, as autoridades religiosas clamaram, dizendo: Crucifica-o, crucifica-o.” Orlando Boyer
“Anás e Caifás eram sumos sacerdotes. Anás fora o sumo sacerdote de Israel, de 6 a 15 d.C., quando foi deposto, por governantes romanos. Caifás, o genro de Anás, foi nomeado sumo sacerdote, e ocupou a posição entre 18 e 36 ou 37 d.C. Segundo a lei judaica, o cargo de sumo sacerdote era vitalício. Muitos judeus, portanto, ainda consideravam Anás o sumo sacerdote, e ainda o chamavam por esse título. Mas, embora Anás ainda tivesse muita autoridade entre os judeus, Caifás tomava as decisões. Tanto Caifás como Anás se preocupavam mais com suas ambições políticas que com sua responsabilidade de guiar o povo e conduzi-lo a Deus. Embora fossem líderes religiosos, eles se tornaram perversos.” Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
“No açoitamento romano, a vítima era despida e presa a uma coluna, ou então ela curvava-se sobre um tronco, com as mãos atadas nele. O instrumento de tortura consistia num curto cabo de madeira no qual estavam presas várias tiras de couro com pequenos pedaços de ferro ou osso, presos nas pontas. Os golpes eram aplicados às costas da vítima por dois algozes, um de cada lado da vítima. Os cortes eram tão profundos que apareciam as veias, as artérias, e, às vezes, até certos órgãos internos. Muitas vezes, a vítima morria durante o açoitamento ou flagelação. (2) A flagelação era uma tortura pavorosa. O fato de Jesus não poder levar a cruz deve ter sido por causa do seu horrível sofrimento, resultante desse castigo (v. 32; Lc 23.26; Is 52.14). Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras fomos sarados (Is 53.5; 1 Pe 2.24).” Bíblia de Estudo Pentecostal
SINOPSE I
A prisão, o interrogatório e a condenação de Jesus revelam a injustiça dos homens e o cumprimento do plano divino para a nossa redenção.
II – CRUCIFICAÇÃO, MORTE E SEPULTAMENTO DE JESUS
1. O caminho do Calvário.Sob açoites dos soldados, Jesus carregava a sua cruz ao Gólgota, local conhecido como “Lugar da Caveira”.
'Então, entregou-lho, para que fosse crucificado. E tomaram a Jesus e o levaram. E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, que em hebraico se chama Gólgota, ' João 19:16-17
Ao lado de Jesus, à sua esquerda e à sua direita, estavam dois outros homens acusados como criminosos.
'E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram e aos malfeitores, um, à direita, e outro, à esquerda. ' Lucas 23:33
Lucas narra o arrependimento de um deles.
'E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso. ' Lucas 23:42,43
O profeta Isaías também mencionou isso anteriormente:
'[...] porquanto derramou a sua alma na morte e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.' Is 53:12
“E provável que os crucificadores colocassem o Senhor entre os dois salteadores para dizer às autoridades judaicas: Aqui está o vosso Rei, aqui estão dois dos Seus súditos. Cristo, porém, estava no Seu próprio lugar, Lc 15.1,2. Ele foi contado com os transgressores (Is 53.12) para que os transgressores fossem contados com os santos. [...] Uns aceitam-nO e vivem; outros rejeitam-nO para a sua própria condenação. Foi isto o que aconteceu na cruz: um salteador proclamou-O Rei e morreu para o pecado; o outro zombou dEle e morreu no seu pecado; o destino de cada um foi determinado pelo sentimento que mostraram para com Aquele que estava morrendo pelo pecado.” Orlando Boyer
2. A missão foi encerrada.
Como homem, Jesus experimentou a sede, sua última necessidade humana, antes de morrer na cruz.
[Jesus] tinha plena consciência de que a Escritura estava se cumprindo.
'[...] sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede. Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja e, pondo- a num hissopo, lha chegaram à boca.' Jo 19:28-29
Ciente de que sua missão na Terra estava completada, não hesitou em proclamar a vitória do plano divino:
'E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. ' João 19:30
A obra de Jesus estava concluída.
O seu grito era uma declaração da realização de uma tarefa confiada pelo Pai.
“Cristo começou Seu ministério sentindo grande fome e a completou sentindo grande sede. Vede Hb 4.15.” Orlando Boyer
“A palavra consumado quer dizer “completamente pago”. Jesus veio concluir a obra de salvação de Deus (Jo 4.34; 17,4), e pagar toda a punição pelos nossos pecados. Com sua morte, o complexo sistema de sacrifícios terminou, porque Jesus assumiu sobre si todo 0 pecado. Agora, podemos nos aproximar livremente de Deus, graças ao que Jesus fez por nós. Os que creem na morte e ressurreição de Jesus podem viver eternamente com Deus, e escapar à punição que vem do pecado.” Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
3. O Sepultamento.
José de Arimateia admirava Jesus e era um discípulo discreto.
'Depois disso, José de Arimateia (o que era discípulo de Jesus, mas oculto, por medo dos judeus) rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. E Pilatos lho permitiu. Então, foi e tirou o corpo de Jesus. ' João 19:38
Fazia parte do Sinédrio e era uma pessoa abastada.
'chegou José de Arimateia, senador honrado, que também esperava o Reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus. ' Marcos 15:43
'E, vinda já a tarde, chegou um homem rico de Arimateia, por nome José, que também era discípulo de Jesus. ' Mateus 27:57
Conseguiu vencer [o medo dos judeus] ao se dirigir a Pilatos e solicitar o corpo de Jesus para o sepultamento.
O túmulo onde Jesus foi sepultado não ficava longe do Calvário.
'Ali, pois (por causa da preparação dos judeus e por estar perto aquele sepulcro), puseram a Jesus.' João 19:42
“Mais tarde (v. 38), certo José pede a Pilatos o corpo de Jesus, e Pilatos lhe concede o pedido. João conta duas coisas sobre este homem: Ele é de Arimateia e é crente secreto em Jesus. Este José só aparece no relato do sepultamento de Jesus nos Evangelhos. Lucas 23.50,51 diz que Arimateia era uma cidade dos judeus. José também tinha envolvimento com o Sinédrio e tinha um sepulcro perto de Jerusalém, o que significa que ele morava em Jerusalém. Lucas também nos fala que ele era homem piedoso. João enfatiza que ele era um crente secreto em Jesus por medo dos líderes judeus. Este tipo de crente, que frequentava a sinagoga, tornou-se numeroso mais tarde, quando os líderes do judaísmo o perseguiram.” Comentário Bíblico Pentecostal NT
“Esse corpo preciosíssimo foi, com grande pressa, parece, posto em um sepulcro no mesmo jardim, por causa da preparação. Quer dizer que José e Nicodemos tinham de completar tudo antes do pôr do sol. Devemos lembrar que Jesus expirou às três horas e que o dia findava às seis. Nestas três horas José tinha de ir à Pilatos e pedir permissão de retirar o corpo da cruz. José e Nicodemos tinham de comprar a composição de mirra e aloés e o lenço fino; tinham de retirar os cravos das mãos e dos pés e retirar o corpo do madeiro; tinham de passar a mirra e o aloés em todo o corpo e envolver tudo no lençol fino. Devemos lembrar, também, que não foi fácil transportar um corpo com mais cinqüenta quilos de especiarias, envolto em um lençol, até o túmulo. Só podemos opinar que as mulheres que presenciaram (Lc 23.55) ajudaram nesse enterro. Por fim rolaram uma grande pedra para a entrada do sepulcro. Conseguiram tudo isso, antes das seis horas por estar perto aquele sepulcro. E assim aconteceu o mais maravilhoso e o mais solene sepultamento jamais presenciado em toda a história do mundo.” Orlando Boyer
“José envolveu o corpo de Jesus em tecidos, colocou-o no sepulcro, e rolou uma pedra pesada, fechando a entrada. Os líderes religiosos também viram onde Jesus foi sepultado. Eles colocaram guardas junto ao sepulcro, e selaram a pedra, para assegurar que ninguém pudesse roubar o corpo de Jesus e afirmar que Ele ressuscitara (Mt 27.62-66).” Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
SINOPSE II
O caminho do Calvário, o desfecho da missão de Jesus e o seu sepultamento ilustram o sacrifício redentor e o cumprimento das Escrituras.
III – A RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. O Túmulo Vazio.
Na manhã do primeiro dia da semana (domingo), ocorreu um terremoto na área do sepulcro, e um anjo de Deus deslocou a pedra, sentando-se sobre ela.
'E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra, e sentou-se sobre ela. ' Mateus 28:2
Maria Madalena [foi] ao sepulcro, acompanhada por Maria, mãe de Tiago, e Salomé, [para] de ungir o corpo de Jesus.
'E, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro. ' João 20:1
'E, passado o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram aromas para irem ungi-lo. E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol, ' Marcos 16:1-3
Ao entrarem no sepulcro, não encontraram o corpo de Jesus.
'E, olhando, viram que já a pedra estava revolvida; e era ela muito grande.' Mc 16:4
Jesus ressuscitou.
O túmulo ficou vazio, servindo como uma evidência clara.
“A pedra não foi rolada para que Jesus pudesse sair, mas para que os outros pudessem entrar e ver que Jesus, realmente, ressuscitara dos mortos, exatamente como prometera.” Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
“Maria não encontrou o Cristo ressuscitado, antes de ter encontrado o sepulcro vazio. Ela reagiu com obediência e alegria, indo contar aos discípulos. Não podemos encontrar Cristo, até descobrirmos que Ele, realmente, está vivo, e que seu sepulcro está vazio. Você está cheio de alegria com estas boas-novas, e você as transmite a outras pessoas?” Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
2. A Ressurreição como base da Fé Cristã.
Paulo [afirma que] “Cristo ressuscitou dos mortos” e se não fosse [assim], a nossa fé e a nossa mensagem seriam inúteis.
'Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. ' 1Coríntios 15:12-14
Jesus afirmara ser necessário que Ele ressuscitasse.
'dizendo: É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, e seja rejeitado dos anciãos e dos escribas, e seja morto, e ressuscite ao terceiro dia. ' Lucas 9:22
'Porque ainda não sabiam a Escritura, que diz que era necessário que ressuscitasse dos mortos. ' João 20:9
Pedro e João [verificaram] que Jesus já não estava no sepulcro.
'Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis e que o lenço que tinha estado sobre a sua cabeça não estava com os lençóis, mas enrolado, num lugar à parte. ' João 20:6-7
Maria Madalena, a primeira a contemplar Jesus de forma gloriosa.
'E, tendo dito isso, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus. ' João 20:14
“A ressurreição de Jesus é a chave para a fé cristã. Por quê? (1) Assim como foi prometido, Jesus ressuscitou dos mortos. Portanto, podemos ter certeza de que Ele cumprirá tudo o que prometeu. (2) A ressurreição física de Jesus nos mostra que o Cristo vivo governa o reino eterno de Deus, e não um falso profeta ou um impostor. (3) Podemos ter certeza de nossa ressurreição, porque Ele ressuscitou. A morte não é o fim - existe a vida futura. (4) O poder que trouxe Jesus de volta à vida está disponível para nós, para trazer de volta à vida nosso ser que está espiritualmente morto. (5) A ressurreição é a base para o testemunho da igreja para o mundo. Jesus é mais que um líder humano; Ele é o Filho de Deus.” Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
3. O Cristo Ressurreto quebra a incredulidade.
Jesus apareceu entre os discípulos no primeiro dia da semana.
Ele surgiu no meio deles e disse: “Paz seja convosco!”.
'Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco! ' João 20:19
Em outras ocasiões, [Jesus] também se manifestou aos discípulos antes da sua ascensão ao céu.
Jesus revelou-se novamente e realizou o milagre da pesca abundante, uma prova do poder do Cristo ressuscitado.
'Depois disso, manifestou-se Jesus outra vez aos discípulos, junto ao mar de Tiberíades; e manifestou-se assim: estavam juntos Simão Pedro, e Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná da Galileia, e os filhos de Zebedeu, e outros dois dos seus discípulos. ' João 21:1-2
Seria impossível permanecer incrédulo depois de testemunhar o Cristo que venceu a morte.
“Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e que foi visto por Cefas e depois pelos doze. Depois, foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. Depois, foi visto por Tiago, depois, por todos os apóstolos e, por derradeiro de todos, me apareceu também a mim, como a um abortivo.” 1Coríntios 15:3-8
SINOPSE III
A Ressurreição de Jesus, evidenciada pelo túmulo vazio, é a base da fé cristã e transforma a incredulidade em convicção.
Conclusão
A Ressurreição de Jesus é o evento mais significativo do NT.
Este acontecimento concretiza a nossa esperança na Ressurreição do Corpo.
Depositamos a nossa esperança naquEle que triunfou sobre a morte de forma definitiva.
“A Bíblia revela pelo menos três motivos pelos quais a ressurreição do corpo é necessária: a. O corpo é uma parte essencial da personalidade humana total; os homens são incompletos sem um corpo. Por essa razão, a redenção (isto é, a salvação, restauração, libertação, renovação espiritual) que Cristo oferece se aplica à pessoa inteira, incluindo o corpo (Rm 8.18-25); b. O corpo é o templo do Espírito Santo (1Co 6.19) para aqueles que seguem a Cristo. No momento da ressurreição, ele se tornará novamente um templo do Espírito; c. A fim de desfazer o resultado trágico do pecado em todos os níveis, o inimigo final da humanidade – a morte do corpo – deve ser vencido pela ressurreição (1Co 15.26). [...] Nossa ressurreição corpórea é garantida pelo fato de Cristo ter ressuscitado dos mortos (Mt 28.6; At 17.31; 1Co 15.12, 20-23)” Bíblia de Estudo Pentecostal
Revisando o Conteúdo
1. De que maneira Jesus foi reconhecido e traído por Judas?
Tendo concordado com a traição em troca de 30 moedas de prata, o traidor identificou Jesus com um beijo traiçoeiro, indicando aos soldados romanos quem Ele era.
2. Em que momento se concretizou a profecia de Isaías?
Jesus foi ferido e teve a sua carne dilacerada pelos golpes (Jo 19.1,2). Nesse momento, nosso Senhor assumiu as nossas enfermidades e dores; foi afligido e oprimido, foi castigado pelas nossas transgressões e iniquidades; cumprindo assim a profecia do profeta Isaías (Is 53.4-5).
3. De acordo com Isaías 53.12, o que se realizou durante a crucificação de Jesus?
Ao lado de Jesus, à sua esquerda e à sua direita, estavam dois homens acusados como criminosos. É curioso notar que o profeta Isaías também mencionou isso anteriormente, no capítulo 53.12, afirmando que ele “foi contado com os transgressores”.
4. Segundo a lição, quem acompanhava Maria Madalena na visita ao túmulo?
Maria Madalena dirigiu-se ao sepulcro (Jo 20.1), acompanhada por Maria, mãe de Tiago, e Salomé (Mc 16.1-3), com a intenção de ungir o corpo de Jesus.
5. Indique uma das razões plausíveis para acreditar na ressurreição do Senhor Jesus.
A primeira baseia-se nas palavras de Jesus que afirmara ser necessário que Ele ressuscitasse dentre os mortos (Jo 20.9).
Referências Bibliográficas
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
BÍBLIA de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
BOYER, O. Pequena Enciclopédia Bíblica. São Paulo: Editora Vida.
BOYER, O. Espada Cortante 2: Lucas, João e Atos. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
CABRAL, Elienai. E o Verbo se Fez Carne: Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.
CABRAL, Elienai. E o Verbo se Fez Carne: Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre de 2025.
COMENTÁRIO Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2024
DECLARAÇÃO de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
EARL RADMACHER, R. B. A. H. W. H. (Ed.). O Novo Comentário Bíblico AT, com recursos adicionais - A Palavra de Deus ao alcance de todos. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2010.
ENSINADOR CRISTÃO Nº 100 - 1º Trimestre de 2025. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.
ERICKSON, Millard J. Dicionário Popular de Teologia. São Paulo: Mundo Cristão, 2011.
FERGUSON, Sinclair B. Novo Dicionário de Teologia. São Paulo: Hagnos, 2009.
STAMPS, D. C. (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.